A Europa vem enfrentando um surto neurológico que aparentemente iniciou-se na Espanha e fez com que a Federação Equestre Internacional (FEI) cancelasse eventos em pelo menos 10 países da Europa. Trata-se de uma cepa muito agressiva da forma neurológica do Herpes Vírus Equino EHV-1. Este microrganismo é o responsável pela Rinopneumonite Equina, doença não zoonótica de alta contagiosidade, que acomete equinos de todas as idades, sexo ou raça, sendo transmitido principalmente por secreções nasais, equipamentos e roupas. Por isso, os animais positivos ou suspeitos devem ficar isolados de outros animais.

Existem nove tipos de EHV, sendo que o 1 e 4  causam além deste problema neurológico, mais raro, sintomas respiratórios como tosse e secreção nasal, febre e aborto em éguas prenhas. Essa nova cepa europeia de EHV-1 apresenta maior virulência e patogenicidade, e tem causado ataxia (falta de coordenação), fraqueza e paralisia nos equinos acometidos.

Para confirmar o diagnóstico, além do exame clínico do seu médico veterinário, pode-se realizar exame sanguíneo ou da secreção nasal, além de tecidos de placenta e fetos abortados. Mesmo sem estar doente, um cavalo pode ser portador assintomático. Infelizmente não existe medicação específica para o tratamento, apenas de suporte, como ocorre em qualquer doença viral. Em contrapartida podemos vacinar os animais! A vacinação contra esta enfermidade deve fazer parte do seu protocolo anual de vacinação, e mesmo que sua eficácia nos casos neurológicos seja controversa, elas amenizam os problemas respiratórios e dificultam a disseminação do vírus. Éguas destinadas a reprodução devem ser vacinadas enquanto vazias e reforçadas no quinto, sétimo e nono mês de gestação.